Tag Archives: Hipoglote
“Rubato” – Hipoglote de 23 de Nov. 2020
Nesta emissão de Hipoglote, Tiago Schwäbl apresenta-nos narrativas, parábolas, ensaios, com vozes e línguas diferentes. Interrompem, suspendem e alteram-se músicas, vozes e vários pensamentos, muitas vezes dedicados ao tempo, à velocidade, à duração.
“Rubato” será originalmente o tempo musical roubado. Especularemos a quem será roubado. Talvez seja ao discurso do autor, feito de citações e regularmente interrompido.
Pode ser escutado aqui: https://www.rtp.pt/play/p6503/hipoglote
Hipoglote de 16 de Nov. 2020 “Armas e linguagem”
Nesta emissão de Hipoglote, Tiago Schwäbl percorre guerras e pós-guerras.
Apresenta-nos ora uma narrativa, ora ensaio, em colagem de sons, músicas, palavras, de músicas, poetas, filmes, depoimentos.
A realidade e ficção misturadas em várias línguas, idades e media, entre silêncios e a voz do próprio autor do programa.
Pode ser escutado aqui:
https://www.rtp.pt/play/p6503/hipoglote
Jaap Blonk: workshop + performance
On May 20, 2019, the PhD Programme in Materialities of Literature will host the sound poet Jaap Blonk. Blonk will give a workshop about his creative practices at the School of Arts and Humanities, University of Coimbra, Sala Ferreira Lima, 4 pm (16h00).
Yapp Yapp!!
Jaap Blonk (born 1953 in Woerden, Holland) is well-known in the rich niche of strange voices.
Ursonate (1986) and Flux De Bouche (1993) launched him in the international world of vocal experimentation. The turn of the century heard him turning-tables and mixing electronics…
Despite all the commitment, sound poetry is still a strange place:
Vox Media — through HIPOGLOTE — had the chance to hear Blonk’s testimony and the privilege of some live-improvised pieces.
Let’s hear him:
SJ Fowler no HIPOGLOTE
Steven J. Fowler apresenta um portfólio verdadeiramente impressionante, desde poesia a teatro, performance, fotografia, arte visual ou poesia sonora… sendo ainda responsável por uma dinâmica fora de série na divulgação, acolhimento e incentivo à colaboração entre artistas.
O pretexto inicial para a conversa com SJ Fowler partiu de uma referência de Clive Fencott à cena experimental londrina dos anos setenta e oitenta em torno do Writers Forum orientado por Bob Cobbing.
Trinta anos e um Brexit depois, a situação mudou muito. De tudo isso e muito mais nos fala Steven Fowler, numa das mais refrescantes conversas dos últimos tempos:
A entrevista foi realizada por Tiago Schwäbl e Nuno Miguel Neves,numa triangulação Lisboa-Setúbal-Londres, via Skype, a 16 de Maio de 2018.
A gravação vai para o ar no programa HIPOGLOTE da Rádio Universidade de Coimbra, na noite de domingo para segunda, dia 18 de Junho de 2018, à meia-noite.
A não perder!
O eclipse da matéria
ou a insubstancialidade do metalogramo
Um dos primeiros dispositivos mecânicos a emergir do escuro , logo depois de um coleóptero luminescente — o seu estojo (koleos) acionando um relé-pirilampo, a cremalheira esforçando as asas (pteron) em deslumbrante metamorfose da mecânica em natureza esvoaçante —, foi uma frase de arame, um arame-frase, um metalogramo.
tktktktktktktktktktktktktktktktk
No dia 9 de Maio de 2018 a britânica Hannah Silva lançou no café Oto em Londres o seu álbum de estreia com o título Talk in a bit.
Contribuíram ainda Julian Sartorius na percussão, Luca “Xelius” Martegani nos sintetizadores e Zeno Gabaglio no violoncelo de cinco cordas.
O Som e o Corpo: Duas Partituras Paralelas
FLORA DÉTRAZ ou A Bailarina Com Voz
Luz encadeando o público, fundo preto raiado a entreluz que uma silhueta faz oscilar e entrechocar ao entrar, procuramos no escuro, emerge sentada uma figura de amarelo que nos fixa. Um contínuo som [canto multifónico] grave e a sua repartição em harmónicos situa-se/-nos — quase coincide — algures na rapariga sentada, mas ela permanece imóvel. Subitamente inclina o corpo e vira a face, como se ela própria escutasse, procurasse a fonte sonora; a garganta revela o ataque à nota fundamental, mas todo o rosto queda impassível. Esta cena é lenta, protocolar, como o exige a ritualidade musical. A nota acelera, a língua interfere em jogo oclusivo e alveolar, e do corpo inclinado para a frente pinga um fio de saliva, a exteriorização líquida e aprumada do caos interior.
«todos fazemos poesia fonética no dia-a-dia»
Fragas Falantes / Speaking Stones 1996-2016 dão expressão a duas décadas de trabalho gráfico do (não só) tipógrafo Jorge dos Reis, a par da Exposição “20 anos 20 tipos de letra” patente na Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior na Covilhã.
Jorge dos Reis (Unhais da Serra, 1971) é o autor de três importantes tomos sobre O Desenho da Escrita em Portugal (Biblioteca Nacional de Portugal, 2012), destacando-se também a sua colaboração com Américo Rodrigues: Trânsito Local Trânsito Vocal (2004, cd-áudio).
Nos seus tempos de estudante, pendulava entre as Belas Artes e o Conservatório Nacional, onde frequentou canto, bem como aulas de Jorge Peixinho.
Esta duplicidade serviu de leitmotiv à conversa na sala 401 da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa no passado dia 25/10/2016. A entrevista passou no Hipoglote, programa de poesia sonora da Rádio Universidade de Coimbra (RUC) que podem voltar a escutar.