Yapp Yapp!!

Jaap Blonk (born 1953 in Woerden, Holland) is well-known in the rich niche of strange voices. 
Ursonate (1986) and Flux De Bouche ‎(1993) launched him in the international world of vocal experimentation. The turn of the century heard him turning-tables and mixing electronics…

Despite all the commitment, sound poetry is still a strange place:

Vox Media  through HIPOGLOTE — had the chance to hear Blonk’s testimony and the privilege of some live-improvised pieces.
Let’s hear him:

SJ Fowler no HIPOGLOTE

Steven J. Fowler apresenta um portfólio verdadeiramente impressionante, desde poesia a teatro, performance, fotografia, arte visual ou poesia sonora… sendo ainda responsável por uma dinâmica fora de série na divulgação, acolhimento e incentivo à colaboração entre artistas.

O pretexto inicial para a conversa com SJ Fowler partiu de uma referência de Clive Fencott à cena experimental londrina dos anos setenta e oitenta em torno do Writers Forum orientado por Bob Cobbing. 

Trinta anos e um Brexit depois, a situação mudou muito. De tudo isso e muito mais nos fala Steven Fowler, numa das mais refrescantes conversas dos últimos tempos:

A entrevista foi realizada por Tiago Schwäbl e Nuno Miguel Neves,numa triangulação Lisboa-Setúbal-Londres, via Skype, a 16 de Maio de 2018.

A gravação vai para o ar no programa HIPOGLOTE da Rádio Universidade de Coimbra, na noite de domingo para segunda, dia 18 de Junho de 2018, à meia-noite.

A não perder! 

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No dia 9 de Maio de 2018 a britânica Hannah Silva  lançou no café Oto em Londres o seu álbum de estreia com o título Talk in a bit.

Contribuíram ainda Julian Sartorius na percussão, Luca “Xelius” Martegani nos sintetizadores e Zeno Gabaglio no violoncelo de cinco cordas.

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I was on that balcony again…

Imaginem uma viagem pelos Estados Unidos e Canadá a expensas da poesia sonora…

Impensável hoje. Concretizado nos anos oitenta – em 1982, mais precisamente.

Tiago Schwäbl e Nuno Miguel Neves à conversa com Clive Fencott acerca da sua tour de 82 com Bob Cobbing.
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«Dadá nunca ha muerto.»

No âmbito de um trabalho curricular nos seus tempos de estudante, Pere Sousa descobriu Kurt Schwitters. Tão violento foi o deslumbre que o jovem catalão abandonou o curso das Belas Artes para se dedicar em exclusivo ao mestre alemão. O resultado é o merzmail.net, um dos arquivos mais impressionantes no campo da mail art e Merz.

Os 130 anos Kurt Schwitters (e de Marcel Duchamp!) foram pretexto para uma conversa de tirar o fôlego, com Pere Sousa a partilhar o seu impressionante conhecimento sobre os detalhes da vida e obra de Kurt Schwitters.

Pere Sousa (Lleida, 1955) é o mentor da plataforma Merz Mail, dedicada não só à mail art, mas também à Poesia Sonora e Fonética, sendo que Kurt Schwitters ocupa um lugar central neste arquivo em linha. Em 1994, cria a Factoría de Activismo Cultural Merz Mail e, nessa mesma década, dedica-se a projetos como as zines P.O.BOX (1994-1999, 36 números) e 598 (2002-2015, 41 números), entre outras publicações monográficas, edições e traduções.

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Breaking Down the Semantics of Language, An Interview with Maja S. K. Ratkje

Side 1: About the Technique

a. What is the relationship between composition and improvisation?

photo by Ann Iren Ødeby

photo by Ann Iren Ødeby

Besides composing, the performances I have done over the last twenty years using vocals, often with live electronics, and most often in an improvised setting, has also greatly influenced my composing, my methods and thinking about form, timbre, and the aspect of communication. I have also felt, while composing, the challenge of grasping some of that immediacy a performance gives. Over the last years I have combined performance and improvisations more and more with more traditional composing, perhaps starting with the Concerto for Voice which features me as an improvising soloist with an orchestra.

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A Meaningful Meaninglessness. An Interview with Maja Jantar

Side 1: About the Technique

a. Which voice-techniques do you use in your performances? Do you have different modes of reading/ interaction/ improvisation?

mj_2I think the base is not to get hurt, I’ve found that you can do just about anything with your voice as long as you don’t force anything. Of course for some sounds you do use pressure, but the trick is to apply the right amount, and never more than necessary. The core of this comes from classical singing technique, where it is all about the resonances and the support. Both my parents are opera singers and I’ve been bathed in that world since my early childhood. Even though I did decide not to do conservatory I would be signing Mozart aria’s at home (when nobody would be listening) trying to figure out how to make the voice do the things I wanted it to do. I was lucky, and equipped with good genes and good ears, because my voice could really have gotten hurt by the things I did, I had to unlearn a lot of bad habits in the process. It took me years to figure out vocal support, and in fact what helped me most were not the few vocal lessons I got, but a week-long workshop with a French tai-chi master and choreographer, Thierry Bae. It’s there that I understood that support basically is breath, and not something like a muscle that one has to keep tensed in order to make sound. It happens organically.

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Eramo: o gesticular da voz

No âmbito do 1º colóquio Vox Media. O Som na Literatura, realizado no dia 27.11.2015 no Instituto de Estudos Brasileiros da Faculdade de Letras da UC – e do contacto com Alessandra Eramo – artista sonora residente em Berlim – a propósito do seu single de 7” ROARS BANGS BOOMS (2014, Berlin: Corvo Records) resultou esta pequena entrevista realizada por e-mail (23.11.2015):

Alessandra Eramo

Lado 1 | perguntas sobre a técnica

Porquê o vinil?
O vinil tem para mim e para a nossa Editora Corvo Records um significado importante, uma vez que realça o caráter háptico e físico da composição. A nossa editora publica obras de artistas que se debruçam nos seus trabalhos sobre o som e a visualidade. Esta forma de aproximação ao som através da arte visual é uma característica fundamental, dado que tanto eu como Wendelin Büchler, com quem partilho a gestão da Corvo Records, temos como formação de fundo as artes visuais.
Este modo de publicação que liga arte sonora, música experimental e arte visual oferece muitas possibilidades na forma visual do seu lançamento, como se pode observar em “Come ho imparato a volare” [2011]. Para nós, cada publicação é antes de mais um objeto de arte sonoro [Klangkunstobjekt], editado na maior parte das vezes em exemplares limitados e numerados à mão. Os vinis [Schalplatten] portam em si o desafio a uma ação háptica. A audição musical torna-se assim propriamente um acto performativo, um ato poético.

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