Conferencias Arte Sonoro

Estão disponíveis online as Conferencias Arte Sonoro promovidas pelo projecto Ars Sonorus.

Conferencia:
“Conferencias posibles o imposibles”
José Iges[España]

Bajo el título genérico de Conferencias posibles o imposibles abordaré algunos temas que podrían dar lugar a interesantes conferencias en torno al arte sonoro…

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Make it Heard

Foi lançado no final do ano passado o selo fonográfico digital Berro, uma iniciativa do Núcleo de Pesquisas em Sonologia (NuSom) do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, coordenado pelo professor Fernando Iazzetta, com o objectivo de disponibilizar

Unheard noises, unlikely soundscapes, unknown musics, historical sounds. Berro is a Brazilian netlabel focused on music and sound you may not hear elsewhere.

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Esboços para uma Arqueologia da Poesia Sonora Portuguesa

Joaquim António da Silva [JAS], ou J. A. da Silva , é, muito provavelmente, um nome desconhecido mesmo para aqueles que se dedicam ao estudo da Poesia Experimental em Portugal. É, apesar disso, um nome incontornável na história da Poesia Sonora Portuguesa e ‘Audio-Poem’, o único trabalho que se lhe conhece nesta área, é, apesar de curto, de uma expressividade e intensidade que não podem ser ignoradas.

A única referência que se pode encontrar ao seu nome vem, em primeira mão, da obra Poésie Sonore Internationale  em que é mencionado por Henri Chopin [HC], a par com E. M. de Melo e Castro com quem Henri Chopin manteve extensa correspondência e colaboração, como sendo um dos dois autores em Portugal a trabalhar no domínio da Poesia Sonora.
Sabemos, a partir da correspondência existente no arquivo do poeta sonoro francês, que o contacto entre ambos se fez por iniciativa de JAS que em missiva enviada  a HC a 5 de junho de1971 se apresenta como crítico de poesia experimental no ‘Diário Popular’ e declara o seu interesse quer pela Revue OU, quer por um possível aprofundamento do exercício  de uma prática poética próxima da poesia sonora. Esta intenção é reforçada na carta seguinte, de 15  junho do mesmo ano, em que JAS afirma:

Je cherche, pour le moment, de la documentation actuelle (textes théoriques et réalisations) concernant le poème sonore […]

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Kerouac on Record: A Literary Soundtrack

Foi lançado este mês ‘Kerouac on Record: A Literary Soundtrack’,  a mais recente obra sobre a relação entre a Geração Beat e a música. A obra, editada por Simon Warner  e Jim Sampas, foi editada pela britânica Bloomsbury Publishing.

Ao longo de aproximadamente 500 páginas, e através de vários registos discursivos (entrevista, ensaio) a obra oferece uma viagem pelas várias relações que Jack Kerouac estabeleceu com a música. A obra conta com textos de A. Robert Lee, Marian Jago, ou Jonah Raskin, entre muitos outros.

 

 

 

 

Sonificação Musical de Texto: d’ Os Lusíadas ao Twitter

26112444_1873608652950792_8077373182069074431_nO projecto  DAS PALAVRAS NASCEM SONS DOS SONS NASCEM IDEIAS, da responsabilidade do Serviço Educativo do JACC, continua as suas actividades.

Desta vez trata-se de um evento que dá pelo nome de ‘Sonificação Musical de Texto: d’ Os Lusíadas ao Twitter’, uma actividade que terá lugar no Salão Brazil, no próximo dia 27 de janeiro, pelas 16 horas. Estarão presentes Ângela Coelho, Mariana Seiça, Pedro Martins, e Amílcar Cardoso.

Nesta sessão, Pedro Martins e Amílcar Cardoso começarão por contextualizar a Sonificação enquanto área de estudo académica e ferramenta criativa e utilitária. De seguida, Ângela Coelho e Mariana Seiça apresentarão dois projectos académicos sobre Sonificação musical aplicada, respectivamente, à Literatura, através do mapeamento de dados do poema épico ‘Os Lusíadas’ e ao Twitter.

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4 álbuns para escutar entre 2017 e 2018

2017 está já a chegar ao fim. Momento mais que propício, portanto, para que aqui se faça um breve resumo do que foi o ano, no que diz respeito à edição de obras relacionadas com o universo da Poesia Sonora, e para deixar 4 sugestões que pedem escuta atenta no ano que se avizinha.

23659146_1425494704216173_3618757645497175786_nUma primeira nota a merecer destaque, pelo que isso representa para a poesia experimental em Portugal, é a notícia do lançamento de um novo álbum de Américo Rodrigues. Chamar-se-á “Parlatório” e conta com a colaboração habitual de César Prata ( Aorta Tocante [2005]; (Cicatriz:ando [2009]; Porta-Voz [2014]), mas também de José Neves (dramaturgia da voz e montagem); Nuno Veiga (sound design); e Tiago Rodrigues (desenho gráfico).

Pensado a partir da experiência do autor nas oficinas de escrita criativa ministradas no Estabelecimento Prisional da Guarda, e de testemunhos aí recolhidos, “Parlatório” apresenta-se como uma viagem por um universo sonoro povoado por referências vocais e textuais mas também por elementos e sonoridades electrónicas naquele que é um dos trabalhos mais contemporâneos de Américo Rodrigues.

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Visual Vocal & Parlatório

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No próximo dia 13 de janeiro, há Poesia Sonora no Salão Brazil, em Coimbra.

Trata-se da apresentação de “Parlatório”, a produção mais recente de Américo Rodrigues, sobre a qual refere o poeta sonoro da Guarda

Há um ano entrevistei demoradamente 7 presos para que me contassem a sua história de vida. A ideia inicial era escrever um livro com narrações daquelas mulheres e homens que estavam a cumprir pena numa prisão do interior de Portugal. Registei em vários cadernos o que de mais importante me disseram (depoimentos de grande autenticidade), sublinhando frases e ligando palavras com setas e outras anotações. O que escrevi foi aquilo que considerei ser o essencial do que ouvi. Histórias de roubos, tráficos, burlas, assaltos, dependências, traições, violências, mortes. Vidas. A partir desse material de base concebi uma peça de poesia sonora que cruza a minha vocalidade (gritos, sussurros, choros, línguas inexistentes, ruídos bucais, cantos de inspiração étnica, estalidos com a língua, terrorismo fonético, etc.) com a leitura dos apontamentos da conversa com aqueles reclusos (leitura branca, interpretação teatral, enganos, hesitações, alteração de velocidade, silêncios, amálgamas, etc.)

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RAPublicar: A micro história que fez história numa Lisboa adiada – 1986-1996

RAPublicar de Soraia SimoesIrá ser lançado, no próximo mês de junho, RAPublicar: A micro história que fez história numa Lisboa adiada – 1986-1996, da autoria de Soraia Simões, investigadora associada ao Instituto de História Contemporânea da FCSH e fundadora do Mural Sonoro.

A obra é um dos resultados do projecto RAPortugal 1986-1996, projecto que incide sobre a prática do rap e o impacto da cultura hip-hop no período descrito na sociedade portuguesa e que é constituído por 3 eixos: desde logo a publicação deste livro mas, também, 3 workshops em escolas da periferia de Lisboa, e uma compilação com 10 MC/Rappers contemporâneos que será apresentada em 3 concertos.

RAPublicar…, que parte de recolhas realizadas entre 2012 e 2016, contará com testemunhos de General D, Makkas (Black Company), Francisco Rebelo (Cool Hipnoise, baixista Black Company, Mind da Gap, Boss AC, Ithaka), Marta Dias Continue reading