Jaap Blonk: workshop + performance

© Poster by Rui Silva.

On May 20, 2019, the PhD Programme in Materialities of Literature will host the sound poet Jaap Blonk. Blonk will give a workshop about his creative practices at the School of Arts and Humanities, University of Coimbra, Sala Ferreira Lima, 4 pm (16h00).

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Frederico Fernandes & Polipoesia na FLUC

No mês de dezembro, estará na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o Professor Frederico Fernandes (Universidade Estadual de Londrina), para um conjunto diversificado de atividades.

Dia 5 de dezembro, haverá lugar para o curso breve “Entendendo Polipoesia” que se realizará entre as 14h30 e as 18h00.

No dia 6, tempo para o lançamento de Polypoetry 30 years 1987-2017, obra que celebra os 30 anos de publicação do Manifesto da Polipoesia assinado por Enzo Minarelli. O livro, editado pelo poeta italiano Enzo Minarelli e pelo Professor Frederico Fernandes, na imprensa da Universidade Estadual de Londrina, Eduel Internacional, pretende desenhar mapas sobre manifestações de polipoesia na Europa e nas Américas. Reúne estudiosos e artistas ( Rod Summers, Lis Costa, Jean-Pierre Bobillot, ou Luis Alvarado, entre outros) que dedicaram o seu trabalho para entender as expressões de vanguarda em linguagens impressas, sonoras e visuais, bem como para demonstrar como o experimentalismo afeta o mundo numa perspectiva política e estética.

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Já só o vento canta

JÁ SÓ O VENTO CANTA, título provisório,  é o mais recente desafio lançado pelo poeta sonoro Américo Rodrigues. Pensado para a 5ª edição do Sons da Cidade, convoca à participação de pessoas de várias idades, nacionalidades ou formações, para a criação de um “coro heterodoxo” que parte da Língua Portuguesa enquanto património imaterial e usa a voz e o movimento dos corpos pelo espaço da Alta de Coimbra para interpretar de forma singular a poética da cidade.

A preparação do espectáculo inclui oficinas de formação e ensaios, que decorrerão entre Abril e Junho, preferencialmente ao fim de semana ou em horário pós-laboral.

As inscrições e/ou pedidos de informação deverão ser enviados para o email sonsdacidade.unesco@gmail.com e continuam abertas até ao próximo domingo, dia 25 de março, data do primeiro ensaio, a partir das 10h30 no Salão Brazil.

Esta é já a 5.ª edição do Sons da Cidade, um evento anual que pretende celebrar a inscrição da “Universidade de Coimbra, Alta e Sofia” na Lista do Património Mundial da UNESCO. A edição deste ano decorrerá entre 22 e 24 de Junho e contará com diversas actividades.

Visual-Vocal: Oficina com Américo Rodrigues

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“Il faut pulvériser notre langage usé — c’est-à-dire faire scintiller le mot” (Pierre Garnier )

Basta um breve mastigar de palavras e sons, qual ritual de feitiçaria ou golpes de tacão no país de Oz, e eis que se nos apresenta o vasto reino da poesia sonora. O Grande Américo dá o mote; a partir daí, sem grandes explicações, cada um solta ou tange as cordas vocais à sua maneira. A inibição desaparece lesta e a voz começa a saltitar por caminhos que emprestam nova expressão às lamúrias quotidianas.
Como seria o nosso dia-a-dia se ao falar entoássemos com as bochechas o ranger dos dentes e o bater dos lábios, o assobio da língua e o apertar da garganta? O potencial vocal absorve qualquer recurso normalmente aplicado noutras funções (beber, mastigar, etc.): aqui tudo é valência sonora.
Algo de inesperado e maravilhoso acontece: incríveis vozes de capacidades extravagantes emergem subitamente — que gozo seria um mundo comunicante em poesia sonora…!

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Visual Vocal & Parlatório

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No próximo dia 13 de janeiro, há Poesia Sonora no Salão Brazil, em Coimbra.

Trata-se da apresentação de “Parlatório”, a produção mais recente de Américo Rodrigues, sobre a qual refere o poeta sonoro da Guarda

Há um ano entrevistei demoradamente 7 presos para que me contassem a sua história de vida. A ideia inicial era escrever um livro com narrações daquelas mulheres e homens que estavam a cumprir pena numa prisão do interior de Portugal. Registei em vários cadernos o que de mais importante me disseram (depoimentos de grande autenticidade), sublinhando frases e ligando palavras com setas e outras anotações. O que escrevi foi aquilo que considerei ser o essencial do que ouvi. Histórias de roubos, tráficos, burlas, assaltos, dependências, traições, violências, mortes. Vidas. A partir desse material de base concebi uma peça de poesia sonora que cruza a minha vocalidade (gritos, sussurros, choros, línguas inexistentes, ruídos bucais, cantos de inspiração étnica, estalidos com a língua, terrorismo fonético, etc.) com a leitura dos apontamentos da conversa com aqueles reclusos (leitura branca, interpretação teatral, enganos, hesitações, alteração de velocidade, silêncios, amálgamas, etc.)

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Som Sou Voz Vez

Realizou-se este Domingo, 21 de Maio, a performance Som Sou Voz Vez, de Américo Rodrigues. O evento, integrado no programa do Saca Orelhas, teve lugar no Salão Brazil.

O Saca Orelhas: Poesia , Música e Tascas, decorreu de 12 a 21 de Maio, na Baixa de Coimbra, e constituiu-se como um conjunto de eventos, promovidos pela Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), pelo colectivo Fractura Exposta, e pelo Serviço Educativo do JACC, que levaram a poesia e a performance a diferentes locais da cidade.

A performance de Américo Rodrigues, da qual partilhamos um breve vídeo, foi fortemente centrada em textos do seu último álbum, Porta-Voz, de 2014. Enfrento, Obrigadinho!, Partida de Borges para Uqbar, Porquê o quê, ou Ó, tema recorrente durante toda a performance, foram a matéria plástica a partir da qual o poeta sonoro da Guarda construiu, mais uma vez, um trabalho vocal de uma intensidade inusitada.

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