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No dia 9 de Maio de 2018 a britânica Hannah Silva 1 lançou no café Oto em Londres o seu álbum de estreia com o título Talk in a bit.

Contribuíram ainda Julian Sartorius na percussão, Luca “Xelius” Martegani nos sintetizadores e Zeno Gabaglio no violoncelo de cinco cordas.

O título do álbum não podia ser mais certeiro — talk in a bit, com múltiplas traduções possíveis: pedaço de conversa, fragmento de fala, conversa refratária aos bocados, discurso em andamento sinuoso da geração bit, e ainda bit de binary digit, na sua relação eletrónica com a voz.
Talk in a bit é tudo isto e as suas entrelinhas.

A produção esteve a cargo do suíço nascido escocês Alan Alpenfelt, responsável pela editora Human Kind Records. Na apresentação do site da editora, pode ler-se:

Human kind Records is a Swiss record label. It focuses on the two human miracles of music and poetry, which best express who we are and what makes us beautiful. Music and poetry give us the possibility to delve down deep into things we have difficulty in understanding and help us comprehend the world from other perspectives. We aim to amplify these perspectives through the sounds and words of highly talented poetic musicians.

Assim o manifesto da Human Kind Records, nome retirado de Burnt Norton, o primeiro dos Four Quartets (1940) de T.S. Eliot:

Go, go, go said the bird: human kind
Cannot bear very much reality.
Time past and time future
What might have been and what has been
Point to one end, which is always present.

 

A Human kind Records fundou-se no lançamento do primeiro álbum de Hannah Silva. A estreia no Café Oto contou também com a colaboração especial de Tomomi Adachi na apresentação de uma versão do planeta Plutão 2.

Alan Alpenfelt explica-nos como tudo aconteceu em entrevista ao HIPOGLOTE — entre a voz e a palavra, o programa de poesia sonora da Rádio Universidade de Coimbra. Com Tiago Schwäbl e Nuno Miguel Neves.

 

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