Frederico Fernandes & Polipoesia na FLUC

No mês de dezembro, estará na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o Professor Frederico Fernandes (Universidade Estadual de Londrina), para um conjunto diversificado de atividades.

Dia 5 de dezembro, haverá lugar para o curso breve “Entendendo Polipoesia” que se realizará entre as 14h30 e as 18h00.

No dia 6, tempo para o lançamento de Polypoetry 30 years 1987-2017, obra que celebra os 30 anos de publicação do Manifesto da Polipoesia assinado por Enzo Minarelli. O livro, editado pelo poeta italiano Enzo Minarelli e pelo Professor Frederico Fernandes, na imprensa da Universidade Estadual de Londrina, Eduel Internacional, pretende desenhar mapas sobre manifestações de polipoesia na Europa e nas Américas. Reúne estudiosos e artistas ( Rod Summers, Lis Costa, Jean-Pierre Bobillot, ou Luis Alvarado, entre outros) que dedicaram o seu trabalho para entender as expressões de vanguarda em linguagens impressas, sonoras e visuais, bem como para demonstrar como o experimentalismo afeta o mundo numa perspectiva política e estética.

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Dias VisoVox – conferências, oficinas, encontros

Está patente na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, até ao próximo dia 30 de setembro, a exposição VisoVox: Poesia Visual e Sonora, com curadoria de Américo Rodrigues, José Alberto Ferreira, e Manuel Portela.

 

Dia 27 e 28 de setembro haverá espaço para um conjunto de actividades paralelas, realizadas em colaboração com o Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e com o Departamento de Línguas e Literaturas da Universidade de Évora.

 

O programa é o seguinte: Continue reading

VisoVox: Poesia visual e sonora

De 14 de julho a 30 de setembro de 2018,  na Fundação Eugénio de Almeida, Évora.

A partir de um conjunto de obras de poesia visual e sonora em múltiplos meios – analógicos e digitais –, esta exposição interroga as relações entre som, voz, linguagem, escrita e imagem. Através de uma seleção de trabalhos produzidas nos últimos 50 anos, percorrendo a obra de artistas de referência nacional e internacional, a exposição VisoVox interroga a tensão entre som e escrita como constituintes de espaços poéticos de perceção aural, verbal e visual.

A curadoria está a cargo de Manuel Portela, Américo Rodrigues e José Alberto Ferreira.

 

Pessoa lê o Algoritmo

No próximo dia 13 de junho de 2018, pelas 16h00, no Anfiteatro V (FLUC, 6º piso), Nuno Meireles apresenta «Pessoa lê o Algoritmo: Performance de leitura por Pessoa ele-mesmo de 130 fragmentos do Arquivo LdoD selecionados maquinicamente». Esta leitura assinala os 130 anos de Fernando Pessoa (nascido a 13 de junho de 1888) e os 180 dias do Arquivo LdoD: Arquivo Digital Colaborativo do Livro do Desassossego (publicado a 14 de dezembro de 2017). A organização está a cargo do Programa de Doutoramento FCT em Materialidades da Literatura e do Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra.

Nuno Meireles é licenciado em Estudos Teatrais pela ESMAE-IP, docente no Curso de Teatro da ESAP e no Curso de Animação e Produção Artística da ESE-IPB. Estreou-se como ator na Expo 98 com o Teatro de Marionetas do Porto. Desde então, colaborou como ator com A Escola da Noite, Seiva Trupe e Teatro Maizum, entre outros. Estudou Biomecânica Teatral de Meyerhold com Gennadi Bogdanov e dirige o Teatro do Filósofo com o Parvo atado ao pé, de exploração de textos de Gil Vicente. Tem desenvolvido atividades de poesia dita, em especial de Fernando Pessoa, de quem encenou e recitou múltiplos textos, de “Tabacaria” à “Mensagem”. Destaca-se “125 poemas nos 125 anos de Fernando Pessoa”, maratona poética nas livrarias da cidade do Porto. Atualmente é estudante do Doutoramento FCT em Materialidades da Literatura da FLUC, procurando investigar a intermedialidade em Gil Vicente.

Já só o vento canta

JÁ SÓ O VENTO CANTA, título provisório,  é o mais recente desafio lançado pelo poeta sonoro Américo Rodrigues. Pensado para a 5ª edição do Sons da Cidade, convoca à participação de pessoas de várias idades, nacionalidades ou formações, para a criação de um “coro heterodoxo” que parte da Língua Portuguesa enquanto património imaterial e usa a voz e o movimento dos corpos pelo espaço da Alta de Coimbra para interpretar de forma singular a poética da cidade.

A preparação do espectáculo inclui oficinas de formação e ensaios, que decorrerão entre Abril e Junho, preferencialmente ao fim de semana ou em horário pós-laboral.

As inscrições e/ou pedidos de informação deverão ser enviados para o email sonsdacidade.unesco@gmail.com e continuam abertas até ao próximo domingo, dia 25 de março, data do primeiro ensaio, a partir das 10h30 no Salão Brazil.

Esta é já a 5.ª edição do Sons da Cidade, um evento anual que pretende celebrar a inscrição da “Universidade de Coimbra, Alta e Sofia” na Lista do Património Mundial da UNESCO. A edição deste ano decorrerá entre 22 e 24 de Junho e contará com diversas actividades.

Kerouac on Record: A Literary Soundtrack

Foi lançado este mês ‘Kerouac on Record: A Literary Soundtrack’,  a mais recente obra sobre a relação entre a Geração Beat e a música. A obra, editada por Simon Warner  e Jim Sampas, foi editada pela britânica Bloomsbury Publishing.

Ao longo de aproximadamente 500 páginas, e através de vários registos discursivos (entrevista, ensaio) a obra oferece uma viagem pelas várias relações que Jack Kerouac estabeleceu com a música. A obra conta com textos de A. Robert Lee, Marian Jago, ou Jonah Raskin, entre muitos outros.

 

 

 

 

IN-SONORA

A décima edição da Mostra de Arte Sonoro e Interativo volta a insuflar Madrid entre 5 e 25 de Março de 2018.
O Festival, sob a direção de Maite Camacho, convoca os habituais destaques, residências e oficinas a bafejar a seguinte proposta:
Vamos a experimentar las posibilidades de la escucha del futuro presente, micrófonos en huertos y jardines, instrumentos musicales a partir de objetos mundanos o herramientas complejas y vanguardistas. Loops modificados mediante programación algorítmica en directo, instalaciones reactivas, sonido analógico y digital, deconstruido y formateado,ondas electromagnéticas atravesando nuestros cuerpos, haciéndonos vibrar con sonidos que nos sobrevivirán desde el mañana, de la tierra a la máquina, del pasado al futuro de la Muestra de Arte Sonoro e Interactivo, IN-SONORA.

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Lançamento MATLIT v.5

cover_issue_248_pt_PT (1)Foi publicado o Volume 5.1 (2017) da revista MATLIT: Materialidades da Literatura. Este número, organizado por Osvaldo Manuel Silvestre e Felipe Cussen, intitula-se “Vox Media: O Som na Literatura”. Além da secção de artigos de investigação, esta edição especial inclui uma seleção de quinze obras sonoras com curadoria de Nuno Miguel Neves e Tiago Schwäbl. As obras selecionadas vão desde poemas e narrativas sonoras a paisagens sonoras e remisturas, incluindo gravações dos seguintes autores: Américo Rodrigues, Alfredo Costa Monteiro, John Bennett, Juan Angel Italiano, Luis Bravo, AG Davis, Álvaro Seiça, Ryan Wade Ruehlen e Mark Amerika, John F. Barber, Jessica Barness e Vince Giles, Sandrine Deumier e Philippe Lamy, Ryan LaLiberty, Vladimir Vladda Miloykovitch, Sara Pinheiro e David Prescott-Steed. Na secção de entrevista, os leitores encontrarão a transcrição de diálogos entre cinco autores chilenos: Martín Bakero, Pía Sommer, Felipe Cussen, Federico Eisner e Fernando Pérez.

Todos os textos se encontram disponíveis em formato html e pdf. Os ficheiros áudio estão disponíveis em streaming e para download. A MATLIT adota uma política de acesso integral livre, podendo todos os textos ser lidos em linha ou transferidos para uso pessoal. O acesso pode ser feito a partir do índice geral.

Germana Tânger e os poetas: dizer poesia

germana_tanger_diz_florbela_espanca.Germana Tânger, actriz, professora de dicção e “dizedora” de poesia (Lisboa, 1920-2018), tinha no seu círculo de amigos muitos poetas: “Disse muitos poetas e tive grandes amigos poetas. Olhe, o José Régio, o Jorge de Sena. Todos eles. […] graças a Deus sempre tive o carinho dos poetas” (entrevista dada a Maria Ramos da Silva, Jornal i, 12 de Abril de 2013)[1]. Germana Tânger reconhece que foi “através da poesia” que os conheceu, como, por exemplo, a José de Almada Negreiros:

 

 

O Almada foi um grande amigo. Está ali [num quadro que Almada lhe ofereceu] escrito por ele: “Chegar a cada instante pela primeira vez”. Eu gostava muito dessa frase e ofereceu-ma escrita. Foi muito engraçado. O meu marido […] um dia no Chiado disse-me: “Sabes onde vamos hoje à noite? A casa do Almada”. Para mim o Almada era assim um símbolo. Eu estava nervosíssima. Depois ele disse-me: “Eu sei que você diz versos”. Eu estava a trabalhar “O Corvo” do Edgar Poe, traduzido por Pessoa, e digo-o. Ficámos muito amigos. Tudo o que fazia chamava-me para colaborar.

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Miguel Torga por Miguel Torga

Na data da morte de Miguel Torga, 17 de janeiro de 1995, lembrar algumas palavras escritas a propósito da gravação do seu primeiro disco de poesia na editora Portuense, Orfeu:

“Miramar, 12 de Setembro de 1958

Gravar poesia nossa… Entrar numa câmara de silêncio, ler versos, e ouvir depois a própria voz desligada do corpo, sozinha, estranhamente exaltada ou enternecida, ora grave, ora aguda, áspera e suave no mesmo instante, mas sempre aflita, a clamar na solidão da noite como uma alma penada…”
(Diário, VIII, 1959)

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