ciclo Voz e Auralidade nas Artes Performativas

Coimbra, 7 – 10 fevereiro, TAGV

voz à boca de cena, voz de cena à boca e cena de voz à boca

O ciclo Voz e Auralidade nas Artes Performativas constitui uma mostra de manifestações artísticas onde se exprime a diversidade do suporte da linguagem no âmbito do que se tem vindo a designar como teatro expandido, explorando gestos vocais alterados pela exigência de uma escuta que antecede o falar. Este exercício traz a jogo as variantes da voz em cena, numa dinâmica combinatória que compreende as suas diversas extensões: voz à boca de cena, voz de cena à boca e cena de voz à boca, consoante o foco das propostas artísticas. Tais mutações definem a razão de ser deste ciclo que, antevendo a multiplicidade destas práticas, se apresenta sob a forma de espetáculos, instalações, passeio sonoro, debate e edição.

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Overtones

Na véspera da lua vermelha, quatro enviados da República Federal Russa de Tuva apresentaram-se no Castelo de Sines . Toda a formalidade foi cumprida, desde a saudação respeitosa à cuidadosa afinação antes de cada música, sem esquecer a devida contextualização do local de cada prece: montanha, rio, cavalo, guerreiro… “Devem viver num sítio muito bonito”, dizia alguém no público. Com lua cheia em fundo, em arrebol escurecente, quando as quatro vozes arrancaram no subgrave, nós vibrámos também:

Huun Huur Tu – Ancestors (2010)

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Ultrascores

 

Pássaros, assobios, conversas, paradas, discursos… — tudo isto constitui material para o francês de ascendência martinicana Christophe Chassol (1976, Paris) que, num espetáculo de sincronização magicamente irrepreensível, articula vídeo, som e acompanhamento instrumental em tempo real.

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