Annita Costa Malufe, novo membro do VOX MEDIA

O projeto VOX MEDIA. A Voz na Literatura conta com um novo membro na sua equipa. Trata-se de Annita Costa Malufe, professora universitária e poeta.

Annita Costa Malufe é investigadora na Universidade de Salamanca (Contrato María Zambrano), junto ao Grupo de Investigación Reconocido Estudios Portugueses y Brasileños. No Brasil, é bolseira Produtividade em Pesquisa do CNPq e docente do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária da PUC-SP, onde orienta teses desde 2013. É investigadora colaboradora do ILCML (Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa), da Universidade do Porto, integrando núcleo voltado à performance e poesia. Doutora em Teoria e História Literária pela UNICAMP, é autora dos livros de ensaios: Territórios dispersos: a poética de Ana Cristina Cesar (2006) e Poéticas da imanência: Ana Cristina Cesar e Marcos Siscar (2011), ambos com financiamento FAPESP. Realizou duas pesquisas de pós-doutoramento: na USP, “Traços de Beckett na literatura contemporânea” (bolsa CNPq); e na PUC-SP, “Procedimentos literários em Gilles Deleuze” (bolsa FAPESP). Dedica-se ao estudo de pensamentos poéticos nas interfaces com a filosofia da diferença francesa, em especial Gilles Deleuze, e às interconexões da escrita com a performance e a voz, em autores brasileiros contemporâneos e em escritores de língua francesa, em especial Samuel Beckett, Christophe Tarkos e Georges Aperghis. É autora de sete livros de poemas, dentre os quais, Alguém que dorme na plateia vazia (7letras, 2021). Desenvolveu com o compositor Silvio Ferraz a performance “poema-em-música”, um dos desdobramentos de suas investigações, práticas e teóricas, em torno da voz na poesia.

Para assinalar a sua integração nos trabalhos do projeto, Annita Costa Malufe fará, em julho de 2024, uma das conferências do ciclo que em breve se iniciará. A conferência terá por título “A voz, massa líquida”.

Annita Costa Malufe

Annita Costa Malufe é investigadora na Universidade de Salamanca (Contrato María Zambrano), junto ao Grupo de Investigación Reconocido Estudios Portugueses y Brasileños. No Brasil, é bolseira Produtividade em Pesquisa do CNPq e docente do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária da PUC-SP, onde orienta teses desde 2013. É investigadora colaboradora do ILCML (Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa), da Universidade do Porto, integrando núcleo voltado à performance e poesia. Doutora em Teoria e História Literária pela UNICAMP, é autora dos livros de ensaios: Territórios dispersos: a poética de Ana Cristina Cesar (2006) e Poéticas da imanência: Ana Cristina Cesar e Marcos Siscar (2011), ambos com financiamento FAPESP. Realizou duas pesquisas de pós-doutoramento: na USP, “Traços de Beckett na literatura contemporânea” (bolsa CNPq); e na PUC-SP, “Procedimentos literários em Gilles Deleuze” (bolsa FAPESP). Dedica-se ao estudo de pensamentos poéticos nas interfaces com a filosofia da diferença francesa, em especial Gilles Deleuze, e às interconexões da escrita com a performance e a voz, em autores brasileiros contemporâneos e em escritores de língua francesa, em especial Samuel Beckett, Christophe Tarkos e Georges Aperghis. É autora de sete livros de poemas, dentre os quais, Alguém que dorme na plateia vazia (7letras, 2021). Desenvolveu com o compositor Silvio Ferraz a performance “poema-em-música”, um dos desdobramentos de suas investigações, práticas e teóricas, em torno da voz na poesia.

Conferência de Nuno Miguel Neves sobre Poesia Sonora

A primeira conferência do ciclo de conferências 2023-24 do VOX MEDIA terá lugar no próximo dia 29 de novembro de 2023, pelas 18h, estará a cargo de Nuno Miguel Neves e terá como título “La poésie sonore (n’)existe (pas): Ar/quivo, (im)possibilidades e algumas dificuldades”.

Resumo: Entre janeiro e abril de 2023 tive a oportunidade de desenvolver trabalho de pesquisa na área da poesia sonora, nas coleções da Biblioteca Beinecke de Livros Raros e Manuscritos da Universidade de Yale. Proponho-me, a partir do encontro com estas coleções, e a partir de texto de Jean Pierre Bobillot, que empresta o título à presente comunicação, elencar um conjunto de questões que se prendem com as impossibilidades e dificuldades de arquivo da poesia sonora e/ou da sua (sempre (im)possível) (in)definição, mas também com as possibilidades, com as relações interdisciplinares e com a viagem (Henri Chopin dixit) que eles permitem.

Nuno Miguel Neves é doutorado em Materialidades da Literatura com uma tese sobre Poesia Sonora. É também licenciado em Antropologia, área social e cultural, pela Universidade de Coimbra e tem uma Especialização em Estudos Artísticos pela mesma Universidade. Os seus interesses centram-se sobretudo nas questões da voz, poesia sonora, ruído e movimentos de vanguarda. Tem publicações e comunicações sobre poesia sonora e experimental, cultura digital e ainda ampla atuação no domínio das atividades de extensão universitária. Tem vindo também a explorar a literatura marginal e a contracultura no Portugal de 70’s e organizou e editou, em 2022, saíamos em bandos disparando brita, prata, fumos: antologia de João Carlos Raposo Nunes, publicado na Maldoror. Em 2021 foi Leitor do Instituto Camões na Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto, em Luanda. Entre janeiro e abril de 2023 foi bolseiro Ezra Pound na Biblioteca Beinecke de Livros Raros e Manuscritos da Universidade de Yale, EUA. Atualmente é Professor de Estudos Portugueses na Faculdade de Filologia da Universidade de Belgrado e dirige o Centro de Língua Portuguesa na mesma instituição.

Segue-se o formulário de inscrição na conferência.

Ciclo de Conferências 2023-24

O projeto VOX MEDIA. A Voz na Literatura, do Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura, irá realizar um ciclo de conferências, a partir deste mês de novembro de 2023, e até ao final do ano letivo de 2023-24. O ciclo de conferências destina-se a apresentar o trabalho realizado até ao momento no projeto, mobilizando os membros que o integram. Estão previstas conferências de Nuno Miguel Neves, Nuno Meireles, Pedro Serra e Mafalda Lalanda, até ao mês de fevereiro (os nomes dos conferencistas seguintes serão indicados em breve) As conferências terão lugar online, via Zoom, e os participantes deverão inscrever-se previamente.

Serão atribuídos certificados de participação.

O som da liberdade no drama shakespeariano

O som da liberdade no drama shakespeariano

A musicalidade de Shakespeare deve-se não somente ao inglês, com seus fonemas bastante melodizáveis, com palavras mais curtas e de caráter vocálico (embora mais consonantal do que o inglês americano), sendo um idioma muito propício  às combinações de altura, por exemplo. Mas, deve-se também à mistura que o poeta produziu entre os gêneros e os afetos por meio de seus registros formais ou lexicais.

A complexidade dos sentimentos que podemos simplesmente ouvir em Shakespeare, além de vir da própria língua, vem da riqueza de situações e de personagens construídas pela combinação do alto com o baixo (tão defendida e tão habilitada por Hugo e Goethe), do sublime com o grotesco, dos versos brancos com as rimas, do metro com a prosa, dos trocadilhos e das canções com a linguagem direta. Sua estrutura e sua forma são tão variadas quanto seu conteúdo.

Do mesmo modo que não podemos dizer qual a sua visão de mundo, não podemos estabelecer regras fixas para seus efeitos sonoros.  Há uma certa imprevisibilidade no ritmo, nas alturas possíveis, no timbre ou no andamento, que poupa, da monotonia e do enfado, os seus ouvintes.

Apesar da associação imediata ao pentâmetro iâmbico, Shakespeare não escreveu somente assim. O “ritmo do coração” muda de pé, elimina ou acrescenta sílabas e desloca acentos, mesmo em peças escritas inteiramente em versos, brancos ou rimados, como Richard II e King John.

Não obstante, haja preciosos trabalhos sobre o aspecto sonoro de sua pena, indicando certa tendência das variações nas peças shakespearianas, a fortuna crítica não encontra um padrão inequívoco nas escolhas do dramaturgo.

Apesar de essa percepção abrir um campo vasto para que as pesquisas possam estabelecer sempre novas relações, não é possível ignorar que as variações formais do texto shakespeariano não contemplam, o tempo todo, nem as classes socais, nem o caráter ou o estado das personagens, nem o tom cômico ou trágico da ocasião. Metro e prosa, rima e verso branco servem a gregos e a troianos sem uma rigidez clara e distinta ou uma preferência poética.

Marlowe parece preferir os versos brancos, desfazendo-se, de certa forma, das rimas, como indica no prólogo de Tamburlaine:

From jigging veins of rhyming mother-wits,

And such conceits as clownage keeps in pay,

We’ll lead you to the stately tent of war,

Where you shall hear the Scythian Tamburlaine

Threatening the world with high astounding terms

 O Bardo, por sua vez, usa as rimas na economia do texto com diferentes funções.  Embora sejam mais recorrentes em temas altos como o amor e a morte, também as usa para chistes como a fala de Drômio de Siracusa, em The Comedy of Errors :‘Was there ever any man thus beaten out of season,/When in the why and the wherefore is neither rhyme nor reason?

E se, por outro lado, alguns dramaturgos elisabetanos também gostavam de brincar com a melodia das homofonias, como Heywood e Dekker, por exemplo, ainda assim Shakespeare tem maior riqueza timbrística, uma vez que, se não inventou palavras e expressões, levou o mérito, ou por tê-las registrado primeiro ou por tê-las recolocado em outros sentidos.

Quanto à prosa, se as cartas não costumam estar em versos, há pelo menos uma em soneto, a de Helena para a Condessa, em All’s Well That Ends Well:

I am Saint Jaques’ pilgrim, thither gone.

Ambitious love hath so in me of ended

That barefoot plod I the cold ground upon,

With sainted vow my faults to have amended.

Write, write, that from the bloody course of war

My dearest master, your dear son, may hie.

Bless him at home in peace, whilst I from far

His name with zealous fervor sanctify.

His taken labors bid him me forgive;

I, his despiteful Juno, sent him forth

From courtly friends, with camping foes to live

Where death and danger dogs the heels of worth.

He is too good and fair for death and me,

Whom I myself embrace to set him free

E do mesmo modo que vemos a prosa na loucura de Hamlet, vemo-la em seus momentos de grande lucidez ou reflexão:

Hamlet

For if the sun breed maggots in a dead dog, being a

god kissing carrion,–Have you a daughter?

Lord Polonius

I have, my lord.

Hamlet

Let her not walk i’ the sun: conception is a

blessing: but not as your daughter may conceive.

Adiante, Hamlet reflete, com beleza e num tom bastante patético e imagético, sobre a vida, ainda que falando em prosa aos amigos Rosencrantz e Guildenstern :

 I have of late–but wherefore I know not–lost all my mirth, forgone all custom of exercises; and indeed it goes so heavily with my disposition that this goodly frame, the earth, seems to me a sterile promontory, this most excellent canopy, the air, look you, this brave o’erhanging firmament, this majestical roof fretted with golden fire, why, it appears no other thing to me than a foul and pestilent congregation of vapours. What a piece of work is a man! how noble in reason! how infinite in faculty! in form and moving how express and admirable! in action how like an angel! in apprehension how like a god! the beauty of the world! the paragon of animals! And yet, to me, what is this quintessence of dust?

A célebre explicação de Jacques, em As You Like It, sobre as idades do homem, mostra a naturalidade com que Shakespeare promovia efeitos diversos na mesma fala. Nela, a um só tempo, ri das características mais corriqueiras do homem, com metro e eloquência, para no último verso, com não menos poesia, valendo-se do polissíndeto e da gradação, imprimir uma dura e triste verdade sobre o fim da vida:

All the world’s a stage,

 And all the men and women merely players;

 They have their exits and their entrances,

 And one man in his time plays many parts,

His acts being seven ages. At first the infant,

 Mewling and puking in the nurse’s arms;

 And then the whining schoolboy, with his satchel

 And shining morning face, creeping like snail

 Unwillingly to school. And then the lover,

Sighing like furnace, with a woeful ballad

 Made to his mistress’ eyebrow. Then a soldier,

 Full of strange oaths, and bearded like the pard,

 Jealous in honor, sudden and quick in quarrel,

 Seeking the bubble reputation

Even in the cannon’s mouth. And then the justice,

 In fair round belly with good capon lined,

 With eyes severe and beard of formal cut,

 Full of wise saws and modern instances;

 And so he plays his part. The sixth age shifts

0 Into the lean and slippered pantaloon,

 With spectacles on nose and pouch on side;

 His youthful hose, well saved, a world too wide

 For his shrunk shank; and his big manly voice,

 Turning again toward childish treble, pipes

And whistles in his sound. Last scene of all,

 That ends this strange eventful history,

 Is second childishness and mere oblivion,

 Sans teeth, sans eyes, sans taste, sans everything

Rir da preguiça do estudante, do exagero do enamorado ou da ambição do soldado, não tira a desolação incontornável de faltar tudo à velhice. O tom elegante não o impede de dizer as coisas jocosas, assim como tal jocosidade não condena a comoção das últimas linhas.   Shakespeare provocava o riso nas tragédias, tanto quanto poderia provocar angústia nas comédias, sem prejudicar, contudo, a adequação ao todo, como protestaram seus detratores neoclássicos.

A linguagem de Edgar, em King Lear, é uma personagem exemplar da fusão dos gêneros e das formas em Shakespeare, pois o caráter e as ações do filho do duque de Gloucester são construídos em tons e formas múltiplas em suas falas, sem que por isso condene o todo, mas antes o enriqueça.

Embora sua heterogeneidade seja fruto da emulação de certa liberdade insular, dominante no teatro elisabetano, que já era, formalmente, livre dos dogmas das poéticas continentais, em Shakespeare, ela tende a ainda mais movimento e modulações, talvez, para melhor servir a um drama com mais especulações filosóficas.

A liberdade filosófica que ele dá ao leitor atento, dá também ao ouvinte distraído. A multiplicidade da plateia parece que possa ter-lhe sugerido mais este recurso para conquistar comerciantes e pobres, nobres e poetas – o recurso do som heterogêneo, sugestivo, mas sem aviso prévio e sem uma constante na aplicação dos elementos estéticos em razão dos afetos ou de seus empregos mais frequentes.

Como a imperícia de Shakespeare, “do pouco latim e menos grego”, está fora de cogitação (de fato, ele parece ter conseguido fazer tudo em teatro), essa polivalência poética, das unidades sintáticas às sequência das cenas, pode indicar sua intenção em trabalhar, para sua filosofia inapreensível, uma linguagem igualmente plural.   Como se quisesse dar à forma uma liberdade cuja único compromisso era com o espetáculo e com as suas ideias complexas que, se não pudessem ser percebidas em sua exuberância poética, pudessem, ao menos, ser sentidas por meio de sons familiares, agradáveis, engraçados e soturnos – contrastados ou não.

Assim, a variedade dos recursos sonoros teria o condão de preencher as lacunas do que não podia, na imediatez do teatro ou na ignorância do público, ser compreendido, além de despertar os que estivessem, de alguma forma, dormindo. Uma multiplicidade que não só servia a uma plateia em tudo diversificada, mas também aos diversos sentidos e ideias que a alta poesia pudesse esconder.

Nem só erudito, nem só popular, nem só artificiosa, nem só transparente, a sonoridade do drama shakespeariano não pode ser especificada, assim como não se pode especificar sua cosmovisão a qualquer doutrina. Em Shakespeare, assim como não são planas as suas personagens, não o são suas imagens, seus sons ou suas ideias. Nada é sem relevo ou opaco. Ouvimos o ritmado e a arritmia, o pausado e o acelerado, a profusão e a parcimônia, as cacofonias e as rimas, da mesma maneira que ouvimos o bem e o mal, o riso e a lágrima, o ser e o não ser.

Mafalda Lalanda

Mafalda Lalanda é doutoranda em Materialidades da Literatura na Universidade de Coimbra e bolseira FCT (2021-2025) com o projeto investigação “A escuta como leitura aural: a medialidade literária do audiolivro”. É ainda licenciada em Português pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2016) e mestre em Edição de Texto pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (2018). É uma das vozes do podcast VoxLit, lançado por iniciativa do Vox Media e, no âmbito do MATLIT LAB, integrou o projeto Paginário d’As Mil e Duas Noites, inserido na programação da Bienal de Arte Contemporânea: Anozero. Estudou piano e canto lírico no Conservatório de Música de Coimbra, bem como dança clássica certificada pela Royal Academy of Dance. Foi diretora do departamento de informação da Rádio Universidade de Coimbra e colaborou com revistas culturais como a Deus Me Livro e Gerador. Estagiou e trabalhou com a Pato Lógico Edições e integra continuamente a Grácio Editor.

Mafalda Lalanda is a PhD student in Materialities of Literature at the University of Coimbra and an FCT doctoral fellow (2021-2025) with the research project “Listening as aural reading: the literary mediality of the audiobook”. She earned a bachelor’s degree in Portuguese from the School of Arts and Humanities at the University of Coimbra (2016) and a master’s degree in Text Editing and Publishing from the NOVA School of Social Sciences and Humanities (2018). She is one of the voices of VoxLit, a podcast launched by Vox Media, and was part of the project Paginário d’As Mil e Duas Noites, a collaboration between the Biennial of Contemporary Art: Anozero and MATLIT LAB: Laboratório de Humanidades. She studied piano and opera at the Conservatório de Música de Coimbra, as well as classical dance certified by the Royal Academy of Dance. She was an information director of the Rádio Universidade de Coimbra and contributed to cultural magazines such as Deus Me Livro and Gerador. She had the opportunity to do an internship and work with the Pato Lógico Edições team and is a continuous member of the Grácio Editor initiative.

Uma nova colaboradora do Vox Media: Mariella Augusta

Dando início a um processo de renovação e alargamento do quadro de investigadores do Vox Media, publicamos hoje o primeiro post de Mariella Augusta, cuja apresentação pode ser visitada aqui. Dadas as suas áreas de competência, que vão do Direito à Literatura e à Música, é fácil perceber que esta colaboradora que nos chega do Brasil contribuirá decisivamente para o novo impulso que o projeto receberá nos próximos meses e de que iremos dando notícias.

Mariella Augusta

Mariella Augusta, bacharel em direito, mestre e doutora, respectivamente, em literatura brasileira (Machado de Assis) e portuguesa (Fernando Pessoa), pela FFLCH-USP. Possui pós-doutorado em teoria literária pelo IEL-UNICAMP. Atualmente, realiza seu pós-doutorado em literatura inglesa (Shakespeare) pela FFLCH-USP. Colabora com o Jornal Folha de São Paulo. Desenvolve trabalhos interartísticos (literatura, música erudita e cinema) em teatros e centros culturais pelo Brasil. Publicou artigos em revistas de literatura, filosofia e política no Brasil e em Portugal. Escreve contos.

Nuno Meireles

Nuno Meireles

Foi estudante do Doutoramento FCT em Materialidades da Literatura da FLUC entre 2018 e 2022, tendo defendido a sua tese em 25 de Janeiro de 2023: A voz que reescreve: farsas, comédias e moralidades de Gil Vicente lidas com o ouvido em mediação videográfica. Preliminares para um arquivo videográfico em linha do teatro vicentino.

(Bolsa de doutoramento FCT: PD/BD/142766/2018)

Licenciado em Estudos Teatrais pela ESMAE-IPP, é professor auxiliar na Escola Superior Artística do Porto . Leciona também na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (IPP). Estreou-se como ator na Expo 98 com o Teatro de Marionetas do Porto. Desde então, colaborou como ator com A Escola da Noite, Seiva Trupe e Teatro Maizum, entre outros. Estudou Biomecânica Teatral de Meyerhold com Gennadi Bogdanov e dirige o Teatro do Filósofo com o Parvo atado ao pé, de exploração de textos de Gil Vicente. Tem desenvolvido atividades de poesia dita, em especial de Fernando Pessoa, de quem encenou e recitou múltiplos textos, de “Tabacaria” à “Mensagem”. Destaca-se “125 poemas nos 125 anos de Fernando Pessoa”, maratona poética nas livrarias da cidade do Porto.

Documentos disponíveis em voxmedia.uc.pt:

Felipe Cussen

IMG_2704Felipe Cussen es doctor en Humanidades por la Universitat Pompeu Fabra e investigador del Instituto de Estudios Avanzados de la Universidad de Santiago de Chile. Sus investigaciones se sitúan en la literatura comparada, especialmente la literatura experimental, las relaciones entre poesía y música, y la mística. Actualmente dirige el proyecto Fondecyt “Poéticas negativas”. Colabora con el músico Richi Tunacola en el dúo Cussen & Luna, pertenece al Foro de Escritores y Collective Task. En los últimos años ha publicado el disco “quick faith” (records without records, 2015), los libros Explicit Content (Gauss PDF, 2015), Closed Caption (Gauss PDF, 2016), Regional Restrictions (Gauss PDF, 2017) y Letras (Gegen, 2017), y el proyecto Correcciones (Information as Material, 2016), que pueden descargarse gratuitamente.